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Líderes comunitários recebem certificação no PACE

Published 07/10/2018 by Daiane Yara Martins

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Capacitação em Gestão Comunitária Participativa discutiu em 11 encontros questões como empoderamento, comunidade e elaboração e gestão de projetos

No último 28 de junho, cerca de 40 líderes comunitários, dos bairros Jardim Oliveira Camargo, de Indaiatuba/SP e Jardim Nova América, de Campinas/SP formaram-se no curso de Gestão Comunitária Participativa, uma das iniciativas do programa Semeando o Futuro, uma parceria entre a Global Communities Brasil e a Fundação John Deere. A cerimônia aconteceu na Faculdade Max Planck, que também certificou a capacitação. 

“Essa parceria demonstra a disponibilidade de nossa Instituição em produzir parcerias relevantes, que contribuam de forma positiva para a transformação da sociedade. E foi muito emocionante ver o empenho dessas pessoas em busca de capacitação, demonstra a importância da educação e como ela pode mudar a vida das pessoas”, afirma o diretor da MAX, professor Celso Braga.
Segundo a coordenadora de desenvolvimento comunitário da ONG, Daiane Martins, o objetivo do curso é capacitar as lideranças comunitárias, instituições públicas e privadas, escolas, creches, postos de saúde, para que eles possam promover o desenvolvimento de seu bairro. “A gente tem um lema: não fazemos para eles, mas com eles. Não é para a comunidade é com a comunidade”, conta.
O curso durou cerca de três meses, com carga de 44 horas, divididas em 11 encontros semanais. O conteúdo composto por cinco módulos tratou como abordar e envolver as pessoas da comunidade; habilidades de facilitação; identificação de partes interessadas como potenciais parceiros; elaboração de um plano de ação comunitário e; gestão de projetos, no qual aprenderam a escrever cada ação. “No Jardim Oliveira Camargo, em, Indaiatuba, eles querem fazer um trabalho de grafite na escola, um mutirão de limpeza e um trabalho de coleta de óleo para depois fazer uma oficina de produção de sabão. Já no Jardim Nova América, em Campinas, as ações estão voltadas para promoção de palestras nas escolas conscientizando sobre o uso de drogas, a revitalização de um pomar comunitário já existente no bairro e um trabalho de grafite, que será desenvolvido nos muros da escola Benedicta de Salles Pimentel Wutke ”, explica Daiane.
Após a formatura, a intenção é que aconteçam reuniões periódicas, a cada 15 dias, para dar andamento e executar os projetos.
O morador do Jardim Oliveira Camargo, Salvador Sousa dos Santos, ressalta: “Esse foi só o ponto inicial. A gente, hoje, tem outra visão do que é ser bairro, do que é ser gente, do que é ser comunidade. Na nossa simplicidade, a gente sabe que o que aprendeu é importante, mas é muito mais importante o que eu tenho capacidade de ensinar, a disponibilidade de querer, de passar, transmitir esse conhecimento. A gente, às vezes não acredita. Tem insegurança. O curso faz a gente abrir a mente”.
Para a técnica de enfermagem do posto de saúde do bairro, Ana Maria dos Santos Antunes, o curso acendeu a vontade de ajudar a comunidade. “Tem muita coisa que acontece lá dentro, que eu não sabia. São muitas oportunidades que a gente tem em colocar esse projeto. Hoje nós vamos implantar o projeto de recolher o lixo e embelezamento do bairro”, disse.
Já a moradora Elenir de Fatima Torrecilha Marquesone reforça a importância da união da comunidade para o bem comum. “A gente sente que tem força para trabalhar, de se envolver em projeto na comunidade que vai trazer benefício para todos nós. Eu gostei desse treinamento que a gente teve, esse cursinho foi muito bom. A gente tem força para trabalhar para melhoria do bairro, às vezes, a gente quer fazer alguma coisa, mas acha que não pode sozinho, juntando com um grupinho assim sente que tem mais força. Eu posso fazer agora, então mão na massa”, completa.  

Comunidade em ação
A Global Communities, através do Programa Semeando o Futuro, incentivo desenvolvimento comunitário colaborando com a construção de capacidades nas comunidades locais para que buscam as melhorias para as suas necessidades prioritárias através de práticas democráticas tornando-se autodeterminadas e desenvolverem sua autossuficiência comunitária. Esta abordagem é trabalhada com as comunidades em etapas e estes por sua vez constroem a sua capacidade para controlar os bens comunitários e mobilizar recursos para resolver um determinado problema, bem como fortalece a flexibilidade e a união social.